Inscreva-se:Posts Comentários

Você está aqui: Home

Entretanto, o emprego da cruz como símbolo religioso remonta muito além do tempo de Cristo, e, assim, tem origem não-cristã. Exemplo disto é seu emprego na Índia, nos tempos antigos. Ali, na Caverna da Elefanta, pode-se ver uma cruz sobre a cabeça duma figura empenhada em massacrar bebês. Em outra antiga pintura indiana, representa-se o deus Críxena (Khrishna) com seis braços, três dos quais seguram uma cruz.Quando os conquistadores espanhóis tomaram partes das Américas, ficaram surpresos de descobrir cruzes religiosas em muitos lugares. Escreve o autor Baring-Gould, em seu livro Curious Myths of the Middle Ages (Mitos Curiosos da Idade Média): “No estado de Oaxaca [México], os espanhóis verificaram que se erguiam cruzes de madeira como símbolos sagrados . . . Na América do Sul, o mesmo signo era considerado simbólico e sagrado. Era reverenciado no Paraguai. No Peru, os incas honravam uma cruz [cita de um único bloco de jaspe . . . Entre os muíscas, em Cumaná, cria-se que a cruz . . . era dotada de poder de afugentar espíritos maus; por conseguinte, recém-nascidos eram colocados sob tal signo.”Semelhantemente, em outras partes do mundo, a cruz tem sido reverenciada desde os tempos antigos, e se lhe atribuem poderes místicos. Observa a Cyclopaedia of Biblical, Theological, and Ecclesiastical Literature (Enciclopédia de Literatura Bíblica, Teológica e Eclesiástica): “O sinal da cruz é encontrado como símbolo sagrado entre diversas nações antigas, que podem, concordemente, ser chamadas de . . . devotas da cruz. . . . O símbolo da cruz parece ter sido bem variado em seus significados. Por vezes, é o Falo [usado na adoração do sexo], às vezes é o planeta Vênus.”Mostrando que a cruz não era um símbolo utilizado pelo cristianismo primitivo, o livro Records of Christianity (Registros do Cristianismo) declara: “Até ;mesmo a Cruz não era empregada diretamente na decoração das igrejas . . . O símbolo mais primitivo de Cristo era um peixe (século II); nos túmulos esculpidos mais antigos, ele é representado como o Bom Pastor (século III).” Também, J. Hall, em seu Dictionary of Subjects & Symbols in Art (Dicionário de Assuntos & Símbolos na Arte), escreve: “Após o reconhecimento do Cristianismo por parte de Constantino Magno, e ainda mais a partir do 5.° séc., a cruz começou a ser representada ern sarcófagos [caixões de pedra], lamparinas, caixões e outros objetos.” (O grifo é nosso.) Acrescenta Sir E. A. Wallis Budge na obra Amnlets and Talismans (Amuletos e Talismãs): “A cruz não se tornou o supremo emblema e símbolo do Cristianismo senão no século IV.” Não, não existe registro do emprego da cruz por parte dos cristãos do primeiro século.É interessante que a cruz que Constantino reputadamente viu no céu, e que então utilizou como lábaro militar, não era a cruz latina, mas o signo [Artwork — caractere grego] que alguns relacionam à adoração do sol (o próprio Constantino era um adorador do sol), e outros ao monograma Khi-Rho — as primeiras duas letras de ‘Cristo” em grego. Desde então, a cruz tem sido empregada com freqüência para dar uma aura de justiça a atividades militares anticristãs, tais como as Cruzadas, quando muitas atrocidades vis foram cometidas pelos “soldados da Cruz".Tendo a cruz as suas raízes no antigo paganismo, e com a evidência de que Cristo não foi pregado na tradicional cruz, nem os primitivos cristãos empregaram tal símbolo, é-se levado à seguinte conclusão: A cruz realmente não é cristã.É preciso coragem para romper com uma arreigada tradição religiosa que se origina das brumas da antigüidade pagã. Bom exemplo de tal rompimento acha-se na Tradução das Escrituras , que traduz staurós como “estaca de tortura” e o verbo staurós como “pregar na estaca”, e não “crucificar”. Isto liberta de toda mancha de paganismo o precioso sacrifício de nosso Senhor e Salvador.Como é que tal conhecimento influenciará o leitor com respeito à veneração e à apresentação ou ao uso pessoal duma cruz, ou quanto a fazer o sinal da cruz? O apóstolo Paulo instou com os cristãos a ‘fugir da idolatria’. (1 Coríntios 10:14) Acrescentou o apóstolo João: “Guardai-vos dos ídolos.” (1 João 5:21) Assim, quem procura adorar a Deus desejaria mostrar-se muito cauteloso de evitar depositar sua confiança — à guisa de adoração ou de superstição — em ídolos de “prata e ouro, trabalho das mãos do homem terreno”. — Salmo 115:4, 8, 11.Excelente exemplo nos foi dado por aqueles, na antiga Éfeso, que, acatando a pregação do apóstolo Paulo, e verificando que os objetos por eles usados não se harmonizavam com o verdadeiro cristianismo, ajuntaram-nos “e os queimaram diante de todos”. (Atos 19:18, 19) Afinal de contas, por que prezar e adorar o instrumento que foi supostamente usado para assassinar o Senhor Jesus Cristo?
Tags:
Também poderá gostar de ler:

0 comentários/leitores bless

Comente no bless!

Seu comentário é muito importante pra nós,pois assim podemos estar edificando uns aos outros.